18 de set. de 2011

A poesia feminina portuguesa no limiar do século XXI - Maria do Rosário Pedreira


Natural de Lisba, Maria do Rosário Pedreira nasceu em 1959. Fez a sua estréia na literatura em 1996, com o livro intitulado A casa e o cheiro dos livros, cuja recepção calorosa fez com que logo se esgotasse a primeira edição. Seu segundo livro, O Canto do Vento nos Ciprestes, obteve a mesma ovação por parte da crítica. Como escritora tem já vários trabalhos publicados de ficção, poesia, ensaio, crônicas e literatura juvenil. O livro de estréia revela-se como uma espécie de poética do espaço, dos interiores das casas, enquanto no segundo livro a poetisa põe em prática uma retórica que lembra a dos “ultra-românticos”, na medida em que reveste a expressão dos sentimentos de uma grandiloqüência inesperada. Trata-se de uma poesia que não se contenta em falar de amor, privilegiando uma abordagem sobre o morrer de amor. A mulher que tem voz nos poemas, ao contrário de Maria Teresa Horta, nunca fala no momento amoroso vivenciado, fruído. O seu discurso fala da espera, da ausência, do temor, da solidão, da memória, do abandono, nunca da relação amorosa presente e jubilosa:













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